Se você é da geração dos anos 60 e até mesmo 70, você muito provavelmente cresceu sob o patriarcalismo.
Mesmo com as mulheres já tendo algum destaque profissional nesse período, a grande maioria delas ainda trabalhava só em casa, cuidando do lar, ou tinha alguma atividade que permitia a divisão do seu tempo, ou seja, era exercida à medida que sobrava tempo após cumprir as “obrigações” do lar.
A mulher tinha que estar em casa quando o homem chegasse. O jantar deveria estar preparado, as crianças arrumadas, com os deveres da escola prontos. Isso sim era a obrigação da mulher.
Mas, a sociedade evolui e evoluiu muito mais rapidamente a partir dos anos 80. Lares sem marido passaram a ser mais comuns. Mulheres formadas em universidades, prontas para disputar o espaço profissional que lhes cabia, saíram a campo. Casar e cuidar do lar saiu do sonho de futuro das solteiras. As casadas também saíram a procura de uma profissão fora do lar, ou porque já não tinham mais o marido, ou porque queriam seu espaço, ou porque o marido já não ganhava o suficiente para as novas despesas, como escolas particulares, de inglês, natação, etc, para os filhos, e as solteiras foram disputar as vagas e, em grande parte, ganharam.
No início, as vagas ainda era poucas e “cobertas”. Mas, depois, vagas em todos os escalões e tipos de atividades foram abertas para as mulheres.
E com elas, o patriarcalismo foi saindo pela porta. Nada tão fácil assim, mas acabou acontecendo. As mudanças sociais não ocorrem assim: sai o patriarcalismo, entra o matriarcalismo. Não é assim que funciona. Ambos vão se alternando, dependendo das situações de poder econômico, social, cultural, de um ou outro lado.
Acredito que chegaremos em um consenso nessa questão: nem um, nem outro, mas uma convivência harmoniosa entre pai e mãe, mãe e pai. Chegaremos ao terreno das composições de ideias, somando-se as divergências, valorizando as diferença e tirando delas o equilíbrio tão faltante no matriarcalismo ou no patriarcalismo. Esses dois pressupõem domínio e onde há domínio não há razão.
Num terreno de equilíbrio voltaremos a ter famílias saudáveis com filhos saudáveis, compreendendo como eles se completam e não tendo que ora torcer pelo pai, ora optar pela mãe.
Bem legal Camilão! curti!
ResponderExcluirAcredito piamente que a sociedade necessita deste equilíbrio. Claro que a mulher carrega instintivamente um maior senso de criação dos filhos, mas na sociedade atual em que vivemos, é preciso sim deixar que haja uma divisão de tarefas entre pais e mães, entre mulher e homem. Os filhos tendem a crescer já com uma outra percepção, deste modo, e o pensamento sobre sociedade e o que a igualdade significa,vem a ganhar. Parabéns pelo blog meninas!
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